O leite materno é o melhor alimento para os recém-nascidos e crianças com até os 2 anos. No entanto, cinco em cada 20 bebês (52%) na América Latina e no Caribe não são amamentados em sua primeira hora de vida, o que é uma medida essencial para salvar vidas.
Estima-se que, em 2017, 78 milhões de recém-nascidos no mundo tiveram que esperar por mais de uma hora para serem colocados no peito de suas mães, segundo adverte novo relatório publicado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O documento “Capture the moment” analisa dados de 76 países.
A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) recomenda iniciar a amamentação nos primeiros 60 minutos de vida, assim como o aleitamento materno como forma exclusiva de alimentação até os 6 meses de idade e, de maneira completar, até os 2 anos.
“A América Latina e o Caribe estão entre as regiões com as médias globais de aleitamento materno mais altas, mas ainda falta muito a fazer para alcançarmos a meta de 50% de amamentação exclusiva nos 6 primeiros meses de vida até 2025”, afirma Rubén Grajeda, assessor regional em Nutrição da OPAS.
Atualmente, apenas 38% dos bebês são alimentados exclusivamente com leite materno até os 6 meses na região das Américas e só 32% continuam amamentando até os 24 meses. O aleitamento materno é vital para a saúde e desenvolvimentos das crianças ao longo de toda a vida e reduz os cursos para os sistemas de saúde, famílias e governos.
Quando iniciada na primeira hora de vida, a amamentação protege os recém-nascidos de infecções e pode salvar vidas. Os lactentes correm um risco maior de morrer devido a diarreia e outras infecções quando são amamentados apenas parcialmente ou não são amamentados em absoluto.
A amamentação também melhora o coeficiente intelectual e a preparação para a escola. Também é associada a maiores rendas na vida adulta e reduz o risco de câncer de mama nas mães.
Nesta Semana Mundial do Aleitamento Materno, celebrada até terça-feira (7), a OPAS insta governos, doadores e outros responsáveis pela tomada de decisões a adotar medidas firmes para proteger, promover e apoiar a amamentação. Pede para que reforcem as medidas regulatórias estabelecidas no Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno; criem mais “hospitais amigos das crianças”; apliquem uma política de direitos da maternidade alinhada à Convenção e recomendação da Organização Internacional do Trabalho (OIT); assim como ofereçam apoio e aconselhamento especializado às mães.
“Estas medidas não foram implementadas em escala nacional, nem de forma regular, e isso resulta em um incremento nulo ou muito pequeno nas taxas de aleitamento materno”, diz Grajeda, “É necessário fortalecê-las para a correta implementação e monitoramento do Código e assim garantir que os pais e cuidadores estejam protegidos das informações inapropriadas ou enganosas”, ressalta.
Neste ano, o lema da semana impulsionado pela Aliança Mundial para a Ação de Aleitamento Materno (WABA, sigla em inglês) é: “aleitamento materno: pilar da vida”. E busca garantir que “em um mundo cheio de desigualdade, crises e pobreza, a amamentação seja a base de uma boa saúde para toda a vida de bebês e mães”.
Recomendações para aumentar o apoio ao aleitamento materno
Em abril deste ano, a OMS e o UNICEF publicaram um guia de dez passos para aumentar o apoio ao aleitamento materno nos centros de saúde que prestam serviços de maternidade e neonatologia. Amamentar todos os bebês durante os primeiros anos de vida salvaria mais de 820 mil crianças com menos de 5 anos todos os anos.
Fonte: ONU
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