Uma das medidas será tornar toda a capacidade instalada do Centenário para o atendimento à população que utiliza o Sistema Único de Saúde.
“Queremos salvar o Hospital para salvar a cidade. Porque o Centenário é uma fundação que deveria ter receita e despesa, mas na realidade é como se fosse uma secretaria do governo. Agora estourou, não dá mais”, ressaltou o prefeito. Em síntese, o decreto de número 8.843 determina que a Fundação Hospital Centenário destine 100% de seus serviços de saúde, ambulatoriais e hospitalares, exclusivamente ao Sistema Único de Saúde e concede prazo de 60 dias para que a Fundação proceda todas as adequações necessárias.
Crise no Centenário
Durante o mês de agosto, o prefeito Ary Vanazzi já havia anunciado que, se os repasses financeiros do governo do estado e da União não aumentassem, o Centenário poderia deixar de atender cerca de 1,2 milhão de pessoas de cidades dos vales do Sinos, do Caí, do Paranhana e da Região Metropolitana para as quais o hospital é referência em especialidades médicas como oncologia, neurologia, Rede AVC e nefrologia.
O impasse continua e decisões sobre o encerramento dos serviços médicos à população de fora de São Leopoldo deverão ser tomadas dentro do prazo de adequação necessária estabelecido pelo decreto, ou seja, 60 dias. Hoje, a Prefeitura de São Leopoldo custeia cerca de 70% da Fundação Hospital Centenário, o governo federal pouco mais de 26% e o governo do estado menos de 3%.
Em relação ao atendimento de neurologia e neurocirurgia, continuarão sendo atendidas urgências e emergências de pacientes dos 15 municípios para os quais o Centenário é hoje referência na rede de saúde. Porém, estes atendimentos já podem ser suspensos a partir de 1ª de setembro para novas consultas e para as cirurgias eletivas. Durante a tarde, uma comissão foi formada por deputados e vereadores de São Leopoldo para acompanhar as negociações com o Estado e com a União em busca de recursos para o Hospital Centenário.
Fonte: Com informações do Decom