Benhur e Chapolim também foram denunciados por lavagem de dinheiro. Os crimes foram praticados com forte aporte financeiro e de recursos, materiais, veículos e bens imóveis, utilizados pela organização para a execução da obra. Os demais comparsas já haviam sido denunciados e condenados (presos em flagrante dentro da obra do túnel em fevereiro de 2017).
Benhur, Kapa, Carlos Augusto Michaelsen, Daniel dos Santos Conceição e Eliseu Dos Santos também foram denunciados por associação para o tráfico. Carlos Augusto Michaelsen também foi denunciado por pedofilia.
Condenações
Em julho, a 1ª Vara Criminal do Foro Regional do Partenon condenou outros nove réus pelos crimes de organização criminosa e promover ou facilitar fuga de presos. Eles foram denunciados porque participaram da construção do túnel.
A única condenada a cumprir pena em regime fechado é Cíntia Santos de Paula, que recebeu cinco anos e nove meses de reclusão. Ezequiel Conceição (considerado o comandante desse grupo) recebeu cinco anos e sete meses de prisão; Carlos Augusto Michaelsen, Daniel dos Santos Conceição, Dalvan Vargas Durante, Eliseu dos Santos, Josué Conceição, Odair José Haag e Oseias Rodrigo Flores deverão cumprir pena entre de quatro anos e seis meses e quatro anos e 11 meses. Eles deverão cumprir a pena em regime semiaberto.
Foi determinado o perdimento de duas caminhonetes em favor do Estado, uma vez que foram utilizados na prática dos delitos. Eles não poderão apelar em liberdade.
Operação Túnel Santo
Em 22 de fevereiro, após três meses de investigação, foi deflagrada a Operação Túnel Santo, realizada pelo Departamento Estadual de Investigação do Narcotráfico (Denarc) com acompanhamento do MP desde a fase inicial. A ação ocorreu antes do túnel chegar até o Presídio Central. Naquele dia, houve a prisão de oito pessoas.
Durante a instrução do processo, testemunhas e réus esclareceram que a intenção, com o túnel, era que 1.050 presos de uma facção criminosa fugissem. Faltava aproximadamente 40m para a conclusão do plano de fuga descoberto em fevereiro deste ano. Para não despertar atenção das autoridades, a terra retirada era armazenada dentro dos imóveis. Os ‘tatus’ eram pagos com, no mínimo, R$ 1 mil semanais cada um, além de moradia em outra cidade, transporte até o trabalho e alimentação durante a escavação, pagos pelos contratantes. O MP denunciou outras nove pessoas pela participação no mesmo crime, cujo processo segue em trâmite.
Fonte: MPRS
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