Jornal São Leo

Microfranquias: novos dados divulgados pela ABF revelam crescimento de 8%

ABF divulga neste ano novos dados sobre as microfranquias, negócios com investimento inicial de até R$ 90 mil.

O levantamento registrou que houve um crescimento de 8% dos negócios classificados como microfranquias de 2017 para 2018. Enquanto em 2017 havia 545 marcas nessa modalidade, no ano passado elas somavam 589. Os números envolvem tanto redes puras, que possuem somente operações com investimento inicial de até R$ 90.000, quanto redes mistas, aquelas que, além dos negócios tradicionais, também contam com microfranquias em seu portfólio. A queda de 2,1% registrada entre 2016 e 2017 refletiu a diminuição do número de marcas do franchising como um todo no período.

De acordo com Adriana Auriemo, diretora de relacionamento, microfranquias e novos formatos da ABF, “mesmo com um panorama econômico desfavorável, as microfranquias se mantiveram como uma opção interessante para empreender. Do lado das franqueadoras, este modelo passou a ser uma estratégia para atrair candidatos com menos recursos e chegar a novos mercados e pontos comerciais”.

Já no ano passado, as marcas atuantes nesse mercado mostraram recuperação. “O crescimento no número de microfranquias foi impulsionado por marcas que passaram a desenvolver duas modalidades de negócios, as chamadas redes mistas”, explica a gerente de inteligência de mercado da ABF, Vanessa Bretas.

O levantamento indica que os três segmentos com maior número de redes com operações de microfranquias são Saúde, Beleza e Bem-EstarComunicação, Informática e Eletrônicos e Serviços Educacionais:

Os segmentos com maior número de redes de microfranquias puras são Saúde, Beleza e Bem-Estar Comunicação, Informática e Eletrônicos. Alguns nichos destes segmentos não exigem muitos recursos em estrutura física, portanto possuem valores de investimento inicial menores.

Os dados indicam, ainda, que os segmentos com maior número de redes de microfranquias mistas são Alimentação Serviços EducacionaisNo primeiro caso, as marcas investiram em novos formatos como quiosques e carrinhos, e no segundo, os investimentos foram direcionados a plataformas de ensino a distância e em domicílio.

Quanto à proporção entre redes puras e mistas, os dados demonstram que em 2017 mais redes adaptaram seus modelos de negócios e reduziram as taxas de investimento cobradas devido ao cenário econômico. Eles sinalizam, ainda, que houve movimentos distintos entre as duas modalidades em 2018: as mistas somavam 75 marcas (14% do total), número que subiu para 166 redes (28% do total) no ano passado. Já entre as redes puras houve redução, passando de 470 marcas (86% do total) há dois anos para 423 (72% do total).

A maior concentração das microfranquias está entre as redes com 1 a 5 anos e com 6 a 10 anos de atuação no franchising.

Quanto à taxa de mortalidade, a exemplo do franchising como um todo, entre as microfranquias também houve queda do índice. No ano de 2017, a taxa foi de 7,2%, caindo para 5,7% no ano passado. Fatores como o aumento do número de repasses e a gradativa recuperação da economia a partir de 2018 justificam essa queda. (ABF)



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