domingo , 24 novembro 2024
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Hospital Centenário deixa de atender alta e média complexidade em neurologia e neurocirurgia




O município de São Leopoldo comunicou à Secretaria Estadual de Saúde que a partir desta sexta-feira, dia 29, o Hospital Centenário deixa de ser referência para casos de alta e média complexidade em neurologia e neurocirurgia. A decisão foi tomada em razão da grave crise financeira atravessada pela instituição e da falta de repasses por parte do Governo do Estado, que inviabilizam a continuidade do serviço. No ofício, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsad) solicita que o Estado organize os fluxos e processos para o encaminhamento dos pacientes a outros serviços de referência em assistência em neurologia e neurocirurgia, buscando garantir, em primeiro lugar, a segurança dos pacientes e o seu direito à saúde.

A crise financeira enfrentada pelo Hospital, especialmente no tocante à prestação de serviços de alta complexidade em neurologia e neurocirurgia, foi notificada ao Governo do Estado em 21 de julho deste ano. Para estes serviços, o Hospital recebeu do Estado, por 12 meses, a quantia mensal de R$ 180 mil. Ainda que este recurso fosse insuficiente para cobrir todas as despesas, o serviço foi prestado pela instituição. Ocorre que, a partir de outubro de 2016, o Estado, mesmo mantendo a habilitação do HC em alta complexidade em neurologia e neurocirurgia, não aportou mais qualquer recurso financeiro. Isso gerou um grave prejuízo financeiro à Fundação Hospital Centenário e ao Município de São Leopoldo.



Aporte não é específico a serviços de alta complexidade em neurologia e neurocirurgia

Atualmente, o Estado repassa apenas R$ 235.773,76 mensais ao Centenário, e este aporte não é específico para os serviços de alta complexidade em neurologia e neurocirurgia, sendo utilizado para os demais serviços necessários ao funcionamento da instituição. Neste aspecto, é importante frisar a disparidade de recursos repassados a outros municípios da região, que recebem mais e não oferecem serviços de alta complexidade.

Fonte: Comunicação– Fundação Hospital Centenário

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