Sete agentes de saúde, que atuam no combate a endemias, foram agredidos verbal e fisicamente por funcionários de um ferro velho no bairro Santos Dumont, em São Leopoldo, na manhã de terça-feira, dia 10 de outubro. O ataque se iniciou durante a visita de rotina dos servidores que fiscalizam casas e estabelecimentos comerciais em busca de focos do mosquito da dengue e do zika vírus. Ao chegarem no ferro velho, um dos servidores foi acusado de furtar um celular durante a fiscalização.
Para resolver o impasse, o servidor público sugeriu que a polícia fosse chamada. A ideia irritou o dono do estabelecimento, que iniciou as agressões apoiado por familiares e empregados. “Eles batiam com ferros nos meus joelhos, eu gritava para que parassem. Fui colocado dentro da nossa van e fui novamente agredido com barras de ferro. Apenas consegui proteger minha cabeça”, relata o servidor. Três servidoras, que faziam parte da equipe, também foram agredidas. Outros três agentes também apanharam com barras de ferros e pedras, além de levarem chutes e pontapés. A chave do motorista foi arrancada da van, dificultando a saída da equipe.
Os servidores públicos conseguiram escapar e pedir auxílio para a Guarda Civil Municipal (GCM) no posto da Polícia Rodoviária Federal. “A situação demorou cerca de uma hora. Outros grupos de agressores chegaram no local e seguiram com as ameaças e as agressões”, relatou o servidor, que não será identificado por questões de segurança. O tumulto cessou com a chegada da GCM, que retirou do local o fiscal ferido. Os funcionários registraram boletim de ocorrência (BO) e fizeram exame de corpo de delito. Apesar das escoriações e dos hematomas, todos foram medicados e passam bem.
Secretaria da Saúde tomará medidas legais
O secretário da Saúde Fábio Bernardo da Silva visitou hoje a equipe, na sede da Vigilância em Saúde. Ao lado da assessora jurídica da secretaria, Angélica Nery, Fábio Bernardo foi recebido pela diretora de Vigilância em Saúde, Vivian Bennemann. O secretário afirmou que nenhum tipo de intimidação será admitida.
“Não vamos deixar de atuar e de realizar a fiscalização. Mais do que isso, vamos acionar a Justiça. O que ocorreu foi muito grave, uma violência contra servidores públicos no exercício da função. O fato de estarem em serviço é um agravante”, destacou Fábio Bernardo.
A advogada Angélica Nery buscará apoio da Procuradoria-Geral do Município. A ideia é acionar criminalmente todos os responsáveis pelas agressões.
Fonte: Decom
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