Nove pessoas presas em Operação contra o tráfico e lavagem de dinheiro

A operação Destemor, desencadeada pelo projeto-piloto da Promotoria de Justiça Especializada no Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro e Organização Criminosa do Ministério Público, em conjunto com a Promotoria de Justiça de Viamão, NIMP e Brigada Militar, com apoio da Polícia Civil, cumpriu no início da manhã desta terça-feira, 10, cinco mandados de prisão e 43 de busca e apreensão em Porto Alegre e Viamão. Outras quatro pessoas foram presas em flagrante por posse de arma com numeração raspada e tráfico de drogas. Um carro de luxo e uma motocicleta foram apreendidos por falta de documentos e comprovação de origem.

ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA COMANDOU DUPLO HOMICÍDIO

A investigação, que teve início há sete meses, verificou que detentos comunicavam-se do interior da Cadeia Pública com seus subordinados, orientando-os na prática de tráfico, cobrando resultados da atuação do grupo criminoso, no Bairro Aparecida, em Viamão. Além de dar ordens relativas ao comércio de drogas, os envolvidos também desenvolveram uma espécie de contabilidade das vendas, em um sistema de hierarquia com funções definidas, contando, para isso, com a participação de mulheres.

A organização criminosa também se utiliza de métodos violentos, contando, entre as provas obtidas, com a participação de seus integrantes no crime ocorrido na madrugada do dia 12 de novembro de 2017, quando Guilherme Siqueira da Silveira (o Boquinha) e Alexandre Pereira Bueno foram mortos e tiveram os corpos incendiados dentro de um automóvel Pálio, no município de Viamão.

As pistas também levam a um fornecedor. A suspeita é de que o homem, que abasteceria o grupo com maconha e cocaína, estaria lavando o dinheiro do tráfico com imóveis e automóveis de luxo. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em casas e sítios usados pelo fornecedor.

Na operação foram apreendidos celulares, automóveis, armas com numeração raspada, munição, dinheiro, rádio UHT e outros objetos usados na distribuição de drogas. 

Fonte: Ministério Público RS

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