Na última semana, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) publicou um recente levantamento de dados apontando que, mesmo que as temperaturas médias globais tenham sido resfriadas graças ao La Niña de 2020-2022, fenômeno que causa o esfriamento do Oceano Pacífico e impacto temporário de resfriamento global, o ano de 2021 se enquadrou como um dos sete mais quentes já registrados.
Desde a década de 1980, ainda segundo dados da Organização, cada década tem sido mais quente que a anterior, o que levanta o alerta para outras tendências de mudanças climáticas a longo prazo, como o aumento do problema com o aquecimento global e novos recordes de gases estufa na atmosfera.
De acordo com o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Mozar de Araújo Salvador, mestre e doutor em Climatologia, mesmo com a incontestável elevação da temperatura em todo o planeta, o aumento não é exatamente constante e nem uniforme, havendo diferenças dependendo do hemisfério ou continente, por exemplo.
“Considerando apenas a América do Sul, o ano de 2021 foi o 12º ano mais quente no mesmo período analisado, de 1850-2021”, explica. “Por essa razão, o INMET está realizando um levantamento específico para o Brasil, identificando as posições das temperaturas médias dentro dessa série histórica”.
Confira o levantamento completo da OMM na íntegra no site oficial: https://bit.ly/3qWZtmg (Inmet)