A Secretaria de Saúde, por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), declarou nesta sexta-feira (7/1) a transmissão comunitária da variante ômicron do coronavírus. Até este momento, o Rio Grande do Sul já teve a identificação de 255 casos confirmados ou sugestivos para essa linhagem em 34 municípios ou em visitantes testados no Estado.
O conceito de transmissão comunitária ou local é definido quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, sem histórico de viagem ou sem que seja possível definir a origem da transmissão.
A variante foi identificada originalmente na África do Sul e é apontada como a responsável pelo súbito aumento de casos em vários países. Esse crescimento também já é percebido no Rio Grande do Sul nas últimas semanas. A declaração alerta para a importância de serem mantidas e reforçadas as medidas de prevenção: completar o esquema vacinal e as doses de reforço, usar máscara e evitar aglomerações.
Entre os casos identificados, 21 foram confirmados por sequenciamento completo, método mais preciso pelo qual é feita a leitura de toda a cadeia genômica do vírus. Os demais 228 são considerados sugestivos, caracterizados pelas amostras que tiveram o diagnóstico pelo exame de RT-PCR que identifica parcialmente a variante ou aqueles casos em que foram confirmados por serem de pessoas com sintomas e que sejam contato desses casos sugestivos.
Aumento na proporção dos casos de ômicron no Lacen
O Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) é um dos locais que realiza a testagem para a identificação das linhagens do coronavírus (SARS-CoV-2). No local, foi perceptível um aumento na proporção de ômicron para as demais variantes nos últimos dias.
Em 41 amostras coletadas entre 21 e 31 de dezembro, 80% foram sugestivas para a ômicron (por RT-PCR de inferência). No mesmo número de testes coletados entre 2 e 4 de janeiro, a proporção já passou para 95%.
Além do Lacen/RS, outros laboratórios no Estado já têm capacidade para essa análise sugestiva ou para o sequenciamento completo, como o Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CDCT, que também faz parte do Cevs), a Universidade Feevale, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Hospital Moinhos de Vento. Todos realizam a testagem dos casos por amostragem, já que por ser um exame mais complexo e com insumos mais específicos, não há capacidade para quem sejam analisadas todas as amostras de pessoas com Covid-19.
Casos de ômicron confirmados e sugestivos no RS (até 7/1)
Campo Bom: 3
Canela: 3
Canoas: 15
Carazinho: 1
Dois Irmãos: 8
Esteio: 7
Estrela: 1
Garibaldi: 3
Gramado: 6
Gravataí: 1
Guaíba: 2
Itaara: 1
Maratá: 1
Montenegro: 1
Novo Hamburgo: 6
Osório: 1
Pelotas: 4
Piratini: 1
Portão: 1
Porto Alegre: 20
Progresso: 1
Santa Cruz do Sul: 1
Santa Maria: 18
Santana do Livramento: 3
Santiago: 1
São Leopoldo: 5
São Sebastião do Caí: 1
Sapiranga: 3
Sapucaia do Sul: 2
Sarandi: 1
Tramandaí: 1
Ubiretama: 1
Venâncio Aires: 1
Viamão: 3
Fora do RS: 15 (viajantes que vieram de outros locais)
UFSM: 111 (ainda é preciso confirmar as cidades de origem dos casos)
(Ascom/SES)