Com o objetivo de inserir a luta contra o tráfico de migrantes na agenda pública, o Ministério Público do Chile, em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), formalizou sua adesão à campanha #NegocioMortal.
A campanha pretende ser um veículo para a retomada de um diálogo nacional sobre esse tema, o que representa um importante desafio para o país sul-americano nos campos da prevenção do crime e da proteção aos direitos humanos.
A campanha #NegocioMortal busca tornar visível o contrabando de migrantes como um crime grave vinculado a outros, como tráfico de pessoas, corrupção e lavagem de dinheiro. Além disso, busca informar migrantes e suas famílias sobre seus riscos, além de gerar mais empatia entre populações de trânsito e de destino sobre as vulnerabilidades dos migrantes.
O evento de adesão foi liderado pelo procurador federal chileno, Jorge Abbott Charme, que destacou a importante contribuição da migração para o desenvolvimento dos países receptores.
Em seguida, o representante do Escritório de Ligação e Parceria do UNODC no Brasil, Rafael Franzini, disse que “para o UNODC, é uma honra que o Chile lidere essa causa no Cone Sul, que deve servir de modelo para outros países da região e contribuir para refletir sobre as melhores ferramentas para combater esse crime e criar mecanismos de proteção aos migrantes”.
O México foi o primeiro país do mundo a receber a campanha. Desde sua adoção, em 2015, a divulgação tem sido promovida em fóruns multilaterais como a Associação Iberoamericana de Ministérios Públicos (AIAMP), em Lisboa, e a Conferência Regional sobre Migração, em Washington, DC, dos quais 11 países da América Central e da América do Norte fazem parte. Em junho de 2017, a Espanha foi o primeiro país europeu a lançar a campanha.
Em sua apresentação sobre produtos de comunicação, Felipe De La Torre, oficial de Gestão de Programas do UNODC, ressaltou que, devido à sua linguagem universal, #NegocioMortal é facilmente adaptável a qualquer contexto, além de ser realista. A construção da campanha envolveu amplo processo de participação, no qual governos, sociedade civil e associações de migrantes deram sugestões.
A campanha foi desenvolvida em espanhol e traduzida para árabe, inglês, francês e português.
O material produzido inclui vídeos, spots de rádio, posters, infográficos e folhetos informativos, que contêm mensagens de aviso sobre os diferentes tipos de tráfego ilícito: terra, mar e ar.
Fonte: ONU
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