Brasília – O Ministério da Cidadania tem trabalhado para promover a recolocação no mercado de trabalho de dependentes químicos em recuperação. Para isso, está levantando possibilidades de reinserção social desse público com parceiros do Plano Progredir em todo o país. Nesta terça-feira (14), o secretário especial do Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania, Lelo Coimbra, recebeu o presidente da Confederação Nacional de Comunidades Terapêuticas (Confenact), Adalberto Calmon, para debater o tema.
Em conjunto com mais de 600 entidades públicas e privadas, o Progredir capacita beneficiários do Bolsa Família e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais. A ação também incentiva o empreendedorismo e o acesso a microcrédito para que pessoas de baixa renda possam investir em um negócio próprio. Além disso, na plataforma do Plano Progredir, os beneficiários também podem cadastrar currículos e participar da seleção de vagas de empregos viabilizadas pela rede de parceiros.
Segundo o secretário Lelo Coimbra é dever do governo federal encontrar alternativas para apoiar os dependentes químicos na luta contra o vício. “A reinserção garante que essas pessoas tenham a força necessária e o apoio profissional para não voltar às drogas. Todos aqueles que estão em processo de recuperação querem uma oportunidade para se emancipar e fortalecer a si e a sua família”, destacou.
Comunidades terapêuticas – Para Adalberto Calmon, representante das comunidades terapêuticas, o momento é histórico para o movimento de combate às drogas, pois muitos dos acolhidos nessas instituições largaram o emprego por causa do vício ou nunca trabalharam. “É muito importante para nós. Se olharmos para trás, não vemos nenhum aceno do governo brasileiro em prol dos usuários de drogas, principalmente na fase em que eles terminam a recuperação e voltam para a sociedade. ”
O secretário nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas, Quirino Cordeiro, lembrou que a quantidade de vagas financiadas pelo governo federal para tratar dependentes químicos em todo o país foi ampliada neste início de governo. No total, 216 novos contratos com comunidades terapêuticas foram assinados, possibilitando o atendimento a 10,8 mil pessoas.
Para Quirino, a integração com o Plano Progredir pode reforçar o trabalho executado pelas comunidades terapêuticas. “Isso dá sequência às ações que já iniciamos no nosso ministério. Agora, começamos uma nova etapa, com a reinserção dessas pessoas no mercado de trabalho, para que possamos oferecer a elas condições apropriadas de superarem esse momento de dificuldade e vulnerabilidade”, apontou Cordeiro.
A secretária adjunta do Desenvolvimento Social, Neusa Kempfer, e o secretário substituto de Inclusão Social e Produtiva Urbana, Gustavo Saldanha, também participaram do encontro. (MDS)
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