Sete pessoas foram presas na manhã desta segunda-feira (14) pela Polícia Civil, durante a Operação Exilium, que teve ações deflagradas nas cidades de Mariana Pimentel, Barra do Ribeiro, Sertão Santana, Viamão, Canoas e Porto Alegre. A investida quer esclarecer o homicídio de um dos chefes do tráfico de drogas da Vila Nazaré, na Capital, ocorrida em dezembro do ano passado, no bairro Sarandi. O latrocínio tentado de uma mulher, que aconteceu logo na sequência, durante a fuga dos criminosos, também é alvo da operação.
No total, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e 7 mandados de prisão. O executor do homicídio já se encontra preso. As investigações que deram origem e a articulação da Operação Exilium ficaram a cargo da 3ª Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa de Porto Alegre (3ªDPHPP). De acordo com o titular do órgão, Delegado Luis Antonio Reis Firmino, as investigações seguiram ao longo de três meses, desde o homicídio com 80 tiros do líder do tráfico na Vila Nazaré e apontaram que a intenção do grupo criminoso rival era dizimar diversos outros rivais para expandir o domínio no tráfico.
A Diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Delegada Vanessa Pitrez, destacou a complexidade da Operação Policial desencadeada, elogiando a logística empregada para a captura de criminosos em área de mata.
Estiveram presentes na entrevista coletiva que divulgou o saldo da Operação Exilium o Subchefe de Polícia Fábio Motta Lopes, a Diretora do DHPP Delegada Vanessa Pitrez, o Delegado Titular da 3a DPHPP de Porto Alegre Delegado Luis Antônio Reis Firmino e o Diretor da Divisão de Homicídios da Capital (DHC) Delegado Eibert Moreira Neto
Para a investida de hoje foram mobilizados mais de 130 policiais em cerca de 40 viaturas, além do helicóptero da Polícia Civil em apoio.
ENTENDA O CASO
Informações obtidas através de outras ocorrências investigadas pela 3ªDPHPP indicaram que desentendimentos entre lideranças do grupo criminoso com base na Vila Nazaré, entre os anos de 2017 e 2018, resultaram em uma onda de crimes como forma de retaliação. Membros da facção que entraram em discordância com a maioria foram mortos ou expulsos do local onde viviam. Duas lideranças foram obrigadas a sair da Vila Nazaré e acabaram se estabelecendo na Vila Amazônia, situada no Bairro Ruben Berta, nas proximidades do Sambódromo Municipal de Porto Alegre. Neste outro ponto acabaram se aproximando de outros líderes de grupo rival ao que antes pertenciam e articularam, a partir daí, um plano de vingança. Deste contexto derivaram sucessivos atentados contra a vida dos antigos comparsas que os expulsaram da Vila Nazaré, sendo que um deles acabou assassinado em dezembro de 2021, em atentado com mais de 80 tiros de arma de fogo, quando este saía de sua casa caminhando ao lado de sua mulher e sua filha. (PCRS)